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© ROBERTO FERNÁNDEZ IBÁÑEZ, Mountains of uncertainty
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Mountains of uncertainty



Imago Garage

Rua do Vale de Santo António 50A, 1170-381 Lisboa


27 . 09 . 2024 → 26 . 10 . 2024


Artista

Roberto Fernández Ibáñez

Sempre gostei de paisagens, tanto as naturais como as imaginárias. Caminho fisicamente nas primeiras e mentalmente nas segundas.

Há montanhas e vales por onde transitamos sem nos dar conta. São imprevisíveis, instáveis e por vezes desencorajadoras. Nelas somos apenas dados, pontos de uma paisagem fictícia, não criada pela natureza senão por uma abstração da mente humana.

Apesar do seu significado materialista, há algo que me seduz na estética dos gráficos e na sua geometria variável. Montanhas naturais e gráficos matemáticos: paisagens semelhantes em aparência, contudo opostas na essência. Por detrás do efémero das condições financeiras de empresas e países, e das mudanças ambientais e sociais, persiste a serena presença das montanhas onduladas, perenes, que me cativam para a paz e para a reflexão.

Os profetas de hoje fazem as suas previsões com base em dados do passado e do presente. As suas ferramentas são análise estatística, modelos matemáticos, e probabilidade. São chamados de projeções.

Nós podemos acreditar nestas projeções ou não. Mas nós não podemos rejeitá-las ou recusá-las: nós temos um papel a desempenhar na nossa vida quotidiana, que poderia alterar eventos futuros. E assim fazem as sociedades do mundo inteiro, empresas, instituições e nações. Além disso, as notícias falam sobre aquecimento global. Tudo acontece em céleres eventos destrutivos.

Mas de um modo mais lento, impercetível, o gelo transforma-se em água, aumento o nível do mar um pouco mais a cada dia. E neste momento um glaciar está a desaparecer. Talvez o mar Ártico e os seus glaciares estejam longe de si agora.

Não é possível ouvir o som do gelo a transformar-se em água. É capaz de o ouvir?

Talvez para si o degelo seja uma medida de físico-química. Mas de agora em diante, não pense no degelo, no mar Ártico, ou no gelo do Antártico como algo para além da sua compreensão ou para além do seu potencial de tornar as coisas melhores.

Pense no degelo como um ponto geográfico.
Pense no degelo como uma presença.
O degelo chegou para ficar.


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