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© TAYO ADEKUNLE, Reclamation of the Exposition (2020) + Vénus Noire
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Reclamation of the Exposition (2020) + Vénus Noire



Carpintarias de São Lázaro

R. de São Lázaro 72, 1150-199 Lisboa


17 . 10 . 2025 → 09 . 11 . 2025


5ª feira - domingo → 12h00 – 18h00

Artista

Tayo Adekunle

Reclamation of the Exposition (Reclamação da Exposição) explora a mercantilização, fetichização e sexualização dos corpos das mulheres negras, em particular através das exibições humanas em exposições etnográficas dos séculos XVIII e XIX. A obra é influenciada por fotografias etnográficas que eram divulgadas como pornografia. Corpos negros (e de outras minorias raciais) eram fotografados nus em frente a fundos brancos, despojados de identidade, ou rodeados por plantas tropicais aleatórias para dar um ar de autenticidade às imagens.

Utilizando autorrepresentação e colagem digital, e com base na coleção fotográfica “Boshimans et Hottentots” pertencente ao príncipe Roland Napoleão Bonaparte, os trabalhos combinam formas contemporâneas e históricas de ser visto. Nas obras de maior dimensão, Adekunle transforma-se num espetáculo, evocando a utilização dos corpos negros como entretenimento na Europa. Artefact (Artefacto) mostra a artista colocada ao lado das mulheres fotografadas na coleção de Bonaparte. Ao replicar as poses dessas mulheres, Adekunle reflete sobre a forma como o tratamento destas mulheres — e de outras como elas — ainda persiste nos dias de hoje.

Vénus Noire

Vénus Noire explora a representação e sexualização das mulheres negras na história da arte, na história cultural ocidental e na cultura contemporânea. A obra desafia as formas como as mulheres negras são vistas e tratadas, assumindo personagens e integrando vários elementos da história racial, como o blackface (a prática de pintar a cara para representar personagens de pele negra) e outros estereótipos e caricaturas racistas. A série também faz referências contemporâneas, como a obsessão ocidental com mulheres de ancas largas e lábios grandes. Através da autorrepresentação, a obra constitui uma releitura contemporânea dos estereótipos da cultura visual, explorando a relação de Adekunle com o seu corpo e com o corpo da mulher negra em abstrato.



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