Melting
SNBA - Sociedade Nacional de Belas Artes
Rua Barata Salgueiro 36, 1250-044 Lisboa
12 . 09 . 2024 → 12 . 10 . 2024
2ª feira - 6ª feira → 12h00 – 19h00
sábado → 14h00 – 19h00
Artista
Ragnar Axelsson
Anoitece e as sombras começam a pousar no
glaciar depois de um dia de sol. O gelo, que
durante o dia foi derretendo ao sol, brilha no
crepúsculo. No brilho inconstante, o glaciar
transforma-se, assumindo formas e aparências
estranhas. Uma serpente contorce-se por baixo
do gelo, prestes a quebrar. A sombra perfilada
de um gigante paira sobre as fendas, protegendo
Öræfajökull. Ele desvia o olhar e depois desaparece,
enquanto a Terra gira.
Algo está a acontecer sob a superfície. O calor
da Terra está a descongelar o gelo da cratera no
topo do vulcão, criando uma depressão. Parece
um olho, que observa. A depressão tem-se
tornado visivelmente mais profunda. O Öræfajökull
entrou em erupção pela última vez em
1727, mas a sua erupção de 1362 foi uma das
maiores explosões ocorridas na Terra no último
milénio. Trinta quintas desapareceram sob os
despojos e um número desconhecido de pessoas
morreram. Olhando para o pacífico glaciar
a brilhar ao sol, é impossível imaginar o perigo
que espreita por debaixo do gelo.
Todas as coisas têm o seu fim. Os glaciares
estão a derreter e o gelo formado ao longo de
muitos séculos está a desaparecer numa questão
de anos. À medida que os glaciares derretem,
o nível do mar aumenta, mas não de forma
uniforme. O nível da água é mais elevado no
equador, mas à medida que o peso dos glaciares
islandeses diminui, a própria terra ascende, as
linhas costeiras expandem-se e os vulcões agitam-se.
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