Anthropocene Illusion
SNBA - Sociedade Nacional de Belas Artes
Rua Barata Salgueiro 36, 1250-044 Lisboa
12 . 09 . 2024 → 12 . 10 . 2024
2ª feira - 6ª feira → 12h00 – 19h00
sábado → 14h00 – 19h00
Artista
Zed Nelson
Charles Darwin reduziu os humanos a apenas
mais uma espécie – um galho na grande árvore
da vida. Mas agora o paradigma mudou: a humanidade
já não é apenas mais uma espécie.
Somos os primeiros a alterar conscientemente
a biologia e a química da Terra viva. Tornámo-
-nos senhores do nosso planeta e parte integral
do destino da vida na Terra.
Cercarmo-nos de recriações simuladas da natureza
constitui, paradoxalmente, um monumento
involuntário àquilo que perdemos.
Apenas 3% do território mundial permanece
ecologicamente intacto, albergando populações
saudáveis de todos os seus animais originais
e habitats intactos.
Em 1989, o escritor Bill McKibben (no seu livro
The End of Nature - O Fim da Natureza), previu
um momento em que o planeta superaria as
capacidades da nossa linguagem ambiental. A
Terra refeita, argumentou McKibben, estabeleceria
recorde após recorde – mais quente, mais
frio, mais mortal – até que nos apercebêssemos
da necessidade de novas formas de registo. Mas
a inércia é uma proposição intelectual além de
física; durante muito tempo, sugeriu ele, confrontados
com a evidência de um mundo em
mudança, as pessoas recusar-se-ão a mudar de
ideias.
Medeia, nas Metamorfoses de Ovídio, disse:
“Posso ver – e aprovo o melhor caminho, e, no
entanto, escolho o pior”.
Hoje em dia, as redes sociais e o fluxo incessante
de informação e estimulação visual da Internet
deram origem a um estado de irrealidade,
onde já não procuramos a verdade, mas apenas
uma espécie de assombro.
O nosso futuro como espécie depende de reavaliarmos
urgentemente a relação da humanidade
com o mundo natural – e requer atos
intencionais de cultura, com mudanças de paradigma
nas nossas prioridades e empatias.
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