Emotional Encounters
Museu Nacional de Arte Contemporânea
Rua Serpa Pinto, 4 | Rua Capelo, 13 1200-444 Lisboa
Inauguração → 20 . 11 . 2025 → 18h00
21 . 11 . 2025 → 01 . 02 . 2026
3ª feira - domingo → 10h00 – 13h00 :: 14h00 – 18h00
Última entrada → 17h30
Curadora
Elina Heikka
A nossa relação com fotografias antigas de família e álbuns fotográficos é profundamente
emocional. Ao folhearmos velhas fotografias, somos confrontados com
memórias boas e preciosas, mas também por vezes com questões dolorosas. Sobretudo
quando a história familiar contém episódios difíceis ou silenciados, as
fotografias despertam uma variedade de emoções contraditórias. Têm um poder
especial de ativar a nossa mente. Podem persistir na memória como se exigissem
uma resposta.
As três artistas presentes nesta exposição têm em comum o facto de parte essencial
dos seus projetos serem antigas fotografias de família que elas encontraram.
As fotografias e os arquivos motivaram-nas e constituem uma parte substancial
das suas séries de trabalho. As artistas são Aline Motta, Sofia Yala e Yassmin Forte,
cujas histórias familiares estão, de diferentes formas, marcadas pelo colonialismo
português no Brasil, em Angola e em Moçambique.
Quando a brasileira Aline Motta soube que o pai desconhecido da sua avó era um
jovem adolescente branco, filho do patrão, decidiu investigar a fundo a história da
sua família. Como metáfora dos tempos do tráfico de escravos, Motta leva simbolicamente
as fotografias dos seus familiares de volta às suas origens, em Portugal
e na Serra Leoa. A série fotográfica de Sofia Yala documenta de forma simbólica
o processo de investigação da artista, que procurou desvendar a história da sua
própria família de origem angolana. Já o trabalho de Yassmin Forte retrata a complicada
história de amor entre um pai que serviu no exército português e uma mãe
moçambicana, marcada pelo legado das guerras coloniais.
Tipicamente, uma história familiar bem documentada e álbuns fotográficos volumosos,
que abrangem várias gerações, são sinal de uma posição socioeconómica
privilegiada, enquanto circunstâncias mais modestas correspondem a histórias familiares
mais abertas, incompletas ou fragmentadas. O que une estas três artistas
é o facto de o património visual das suas famílias ser fragmentado, aleatório, e
frequentemente levantar mais perguntas do que respostas. Os arquivos e a investigação
ajudam a desvendar alguns mistérios, mas, apesar de todos os esforços, a
incerteza permanece.
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