Invisible Borders
SNBA - Sociedade Nacional de Belas Artes
Rua Barata Salgueiro 36, 1250-044 Lisboa
Inauguração → 04 . 09 . 2025 → 18h00
05 . 09 . 2025 → 04 . 10 . 2025
2ª feria - 6ª feira → 12H00 – 19h00
sábado → 14h00 – 19h00
Curador
Rui Prata
As fronteiras mais difíceis de atravessar não estão inscritas em qualquer mapa. Muitas vezes as verdadeiras barreiras são as da invisibilidade, traçadas por séculos de colonialismo global, silêncio e exclusão social. Estão nos olhares, na burocracia, nos arquivos. São fronteiras que se impõem entre o que é visto e o que é reconhecido, entre o que é lembrado e o que é apagado. Esta exposição procura ser mais um alerta entre a subtileza e a brutalidade do racismo.
Invisible Borders reúne os olhares singulares e provocadores de Alina Zaharia, Gloria Oyarzabal, Grace Ribeiro, Patrik Rastenberger, Omar Victor Diop e Wendel A. White — artistas que, através da fotografia, desmontam as arquiteturas do racismo estrutural e revelam as suas presenças nos tecidos sociais, culturais e históricos. Estas obras não denunciam apenas as formas explícitas e veladas de exclusão racial, mas propõem também modos de resistência, reparação e reimaginação.
Alina Zaharia investiga as intersecções entre identidade, território e discriminação, com foco na marginalização dos povos ciganos na Europa. Gloria Oyarzabal desestrutura os paradigmas coloniais ocidentais, confrontando os modos de ver que foram impostos sobre os corpos racializados. Grace Ribeiro cria espaços de pertencimento e cura a partir da diáspora cabo-verdiana, invocando memórias apagadas e reescrevendo narrativas. Patrick Rastenberger aborda as construções raciais com olhar crítico e delicado, revelando como o racismo estrutura vidas em ambientes cotidianos. Omar Victor Diop conjuga passado e presente ao reencenar retratos históricos de figuras africanas, questionando quem tem o direito de ocupar a memória coletiva. Já Wendel A. White lança luz sobre documentos esquecidos e objetos cotidianos, transformando o arquivo em testemunha poética das presenças negras nos Estados Unidos.
Este conjunto de obras forma uma cartografia sensível das fronteiras invisíveis que operam no mundo contemporâneo. Aqui, a fotografia não é simples registo: é ação política, gesto poético e ferramenta de visibilidade. Ao percorrer esta exposição, convidamos o público a compreender para além do enquadramento, a escutar o que está nas margens e a reconhecer os contornos do silêncio.
Invisible Borders não busca oferecer respostas definitivas. Porque atravessar essas fronteiras exige mais do que olhar — exige transformar o próprio modo de ver.
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