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© ALINA ZAHARIA, Ciriklja
© ALINA ZAHARIA, Ciriklja
© GLORIA OYARZABAL, USUS FRUCTUS ABUSUS_La Blanche et la Noire
© GLORIA OYARZABAL, USUS FRUCTUS ABUSUS_La Blanche et la Noire
© GRACE RIBEIRO, Descobriment(e)s
© GRACE RIBEIRO, Descobriment(e)s
© OMAR VICTOR DIOP, Diaspora (2014-2015)
© OMAR VICTOR DIOP, Diaspora (2014-2015)
© PATRIK RASTENBERGER, Latitude of Sorrow
© PATRIK RASTENBERGER, Latitude of Sorrow
© WENDEL A. WHITE, Red Summer
© WENDEL A. WHITE, Red Summer

Invisible Borders



SNBA - Sociedade Nacional de Belas Artes

Rua Barata Salgueiro 36, 1250-044 Lisboa


Inauguração → 04 . 09 . 2025 → 18h00


05 . 09 . 2025 → 04 . 10 . 2025


2ª feria - 6ª feira → 12H00 – 19h00

sábado → 14h00 – 19h00

Curador

Rui Prata

As fronteiras mais difíceis de atravessar não estão inscritas em qualquer mapa. Muitas vezes as verdadeiras barreiras são as da invisibilidade, traçadas por séculos de colonialismo global, silêncio e exclusão social. Estão nos olhares, na burocracia, nos arquivos. São fronteiras que se impõem entre o que é visto e o que é reconhecido, entre o que é lembrado e o que é apagado. Esta exposição procura ser mais um alerta entre a subtileza e a brutalidade do racismo.

Invisible Borders reúne os olhares singulares e provocadores de Alina Zaharia, Gloria Oyarzabal, Grace Ribeiro, Patrik Rastenberger, Omar Victor Diop e Wendel A. White — artistas que, através da fotografia, desmontam as arquiteturas do racismo estrutural e revelam as suas presenças nos tecidos sociais, culturais e históricos. Estas obras não denunciam apenas as formas explícitas e veladas de exclusão racial, mas propõem também modos de resistência, reparação e reimaginação.

Alina Zaharia investiga as intersecções entre identidade, território e discriminação, com foco na marginalização dos povos ciganos na Europa. Gloria Oyarzabal desestrutura os paradigmas coloniais ocidentais, confrontando os modos de ver que foram impostos sobre os corpos racializados. Grace Ribeiro cria espaços de pertencimento e cura a partir da diáspora cabo-verdiana, invocando memórias apagadas e reescrevendo narrativas. Patrick Rastenberger aborda as construções raciais com olhar crítico e delicado, revelando como o racismo estrutura vidas em ambientes cotidianos. Omar Victor Diop conjuga passado e presente ao reencenar retratos históricos de figuras africanas, questionando quem tem o direito de ocupar a memória coletiva. Já Wendel A. White lança luz sobre documentos esquecidos e objetos cotidianos, transformando o arquivo em testemunha poética das presenças negras nos Estados Unidos.

Este conjunto de obras forma uma cartografia sensível das fronteiras invisíveis que operam no mundo contemporâneo. Aqui, a fotografia não é simples registo: é ação política, gesto poético e ferramenta de visibilidade. Ao percorrer esta exposição, convidamos o público a compreender para além do enquadramento, a escutar o que está nas margens e a reconhecer os contornos do silêncio.

Invisible Borders não busca oferecer respostas definitivas. Porque atravessar essas fronteiras exige mais do que olhar — exige transformar o próprio modo de ver.



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