Red Summer
SNBA - Sociedade Nacional de Belas Artes
Rua Barata Salgueiro 36, 1250-044 Lisboa
05 . 09 . 2025 → 04 . 10 . 2025
2ª feira - 6ª feira → 12h00 – 19h00
sábado → 14h00 – 19h00
Artista
Wendel A. White
                                        O portfólio Red Summer (Verão Vermelho) reúne
                                        histórias de diferentes lugares dos Estados
                                        Unidos marcados por erupções de violência
                                        racial, entre 1917 e 1923 (frequentemente descrita
                                        na época como “Guerras Raciais”). Esses
                                        anos de conflito revelam diversos aspetos da
                                        ansiedade racial que moldam a nossa experiência
                                        contemporânea, incluindo: racismo, medo
                                        de revoltas negras violentas, linchamentos, pobreza,
                                        encarceramento em massa e competição
                                        por emprego. O termo “Red Summer” foi utilizado
                                        pela primeira vez por James Weldon Johnson
                                        para descrever os ataques violentos contra
                                        comunidades negras em 1919.
                                        Embora os acontecimentos do início do século
                                        XX possam parecer remotos, imagens esmaecidas
                                        de um passado americano, o meu trabalho
                                        foca-se em perceber o poder e a influência do
                                        nosso entendimento partilhado da história sobre
                                        o presente. O período de convulsão social
                                        conhecido como Red Summer ocorreu cerca de
                                        cinquenta anos após a Guerra Civil Americana,
                                        cinquenta anos antes do auge do Movimento
                                        dos Direitos Civis, e três séculos depois da chegada
                                        dos primeiros africanos escravizados ao
                                        que eram na altura colónias inglesas, e são hoje
                                        em dia os Estados Unidos.
                                        O projeto combina fotografias da paisagem
                                        contemporânea feitas nos locais onde ocorreram
                                        os conflitos raciais, ou nas suas proximidades,
                                        com fragmentos de reportagens de jornais
                                        da época (1917–1923). Em muitos casos,
                                        as imagens reproduzidas dos jornais incluem
                                        também as matérias e anúncios ao redor. A
                                        combinação da fotografia da paisagem com os
                                        fragmentos de jornais (que invadem o presente
                                        com uma narrativa do passado) constitui tanto
                                        uma rutura quanto uma conversa na linha do
                                        tempo entre passado e presente.
                                        A conceptualização do “véu”, tal como expresso
                                        por W.E.B. Du Bois, tem sido uma metáfora
                                        visual recorrente da representação da raça no
                                        meu trabalho, desde há várias décadas — e em
                                        particular nos dois projetos conhecidos como
                                        Schools for the Colored (Escolas para Pessoas
                                        de Cor) e Red Summer. O jornal, no seu papel de
                                        registo público, comentário e arquivo histórico,
                                        funciona como um véu de informação através
                                        do qual grande parte do país — bem como muitos
                                        na comunidade internacional — interpreta,
                                        bem ou mal, os eventos em causa.
                                        
                                        
                                    
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